Em cada inspiração
Sugo a terra, a vida
Supero a glória
Sinto o escarro da derrota
Mudo a rotina
Em prol da surpresa
Sou limo
Das viagens
Rejeito
O prato do dia
O abraço igual e suado
O beijo esperado
Doce e cheiroso
O mesmo lado da cama
Não quero cama
O chamado das horas vagas
O clima sem alma
Não vejo !
Dentro deste copo
Tu cabes
E isto me fascina
Este mesmo copo é pequeno demais
Para um gole
Meus olhos brilham
Em respeito a tua quietude
Quando nem mesmo minha febre
Te abala
Teu silêncio
Mesmo que seja o vazio
Me atrai
E tua constância
Ante minha pluralidade de formas
Me enjoa !
Dez anos se passam
E o meu atual eu
Deve lembrar de você
Ah ! Você me cansa !
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