Amigo, me perdoe!
Essa rebeldia literária...
A mesma que menciono
Em “Medidas”
Não ouso questionar os sábios
Apenas justificar a hesitação
Em modificar a original interpretação
De uma vivência real
Quando escrevi o que vi
O que senti ou vivi
Fiz parte e nada melhor
Para captar o profundo
Sei que muito é produzido
em centenas de revisões
até reluzir o perfeito
o inquestionável
Sou afeta às imperfeições
Que pulsam, que cheiram
Um ventre retorcido
Um intestino sem freio
Aquele clamor aos céus
Que pede trégua
Que não vislumbra saída
Surda à sabedoria do tempo
Que tempo?
Urge a infinitude dessa dor
Desse amor pelo qual me esvaio
No momento único
Na atemporalidade insana
O conselho previsor
É inutilidade que não se encaixa
No real transbordante
Esse visitar outro ser
Que um dia eu fui
É esperança similar
De uma essência divina
Aparto a perda desnecessária
Acolho o futuro promissor
Trago-me dali
Recolho-me para depois daqui
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