PLURAMIZADE

Como entender a amizade
Sem o dom do amor
Amplamente distribuído

E por que conter o que sinto
Habito os quatro cantos do mundo
Pois no amor me escravizo

Não cabe selecionar a quem me dirijo
Pois Dele a ordenança  às sete igrejas
Sete tribos de amigos

Resido em um território
Mas Nele a nenhum grupo pertenço
Em todos me identifico

E não calo o amor que não me cabe
Quando a alguns deles me dirijo
Simplesmente me permito

Cabendo às diferenças
As meras disposições de tempo
Adiantados ou atrasados

Mas ao mesmo destino convidados
Alguns sedentos se apressam
Outros rebeldes se apartam

Não importa os modelos que sigamos
Internalizar é o aprendizado
Que rege o momento sensato

Cada qual com sua digital
Exige ter história própria
Apesar de conselhos e atalhos

Mesmo que solidários
E grande graça nessa disposição
Não posso carregar nos braços

Necessária a expressa vontade
Quando renovados e inteiros
Porque alheios os destroçados

Preciso adiar com coragem
E deito palavras mansas
De fé e esperança

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