LUTO

Meu corpo já está de luto
Obediente a razão de não mais te querer
De não sorrir casualmente ao te ver
Proibido de transparecer os trejeitos
Que denunciam anseio, ardor

Ordenança ditatorial
ou paternal
Que diante de perigo iminente
Puxa a tomada
secando o rio

É a lei que afasta o saber do homem
Ou o saber que afasta a lei
Onde incide a loucura
No silêncio
Ou na luta

Importa seguir viagem
Se queres ser além de sombra
Se queres dividir o indivisível
Se almejas a serenidade
de uma busca infinda

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