ESCOLHEMOS NASCER

Quem disse que não escolhemos nascer?
Bem... eu escolhi!
E foi bem assim...

Duas crianças brincavam no céu, uma contava para a outra como gostava de cantar, a menor criança, Floquinho, olhava admirada as infinitas histórias de Mel.

Naquele dia, cansada de contar histórias, Mel prometeu a Floquinho que voltaria a cantar para ele, deram as mãos e foram juntos a um passeio, planejariam juntos uma nova aventura.

Andando pelas nuvens do céu, olharam os aquários da terra e Mel avistou uma mulher...

Floquinho percebeu que Mel fixou nesta mulher o olhar, sorriu porque também gostou dela e não sabia o porquê, mas se sentiu confortável.

Continuaram andando vendo outros seres e por várias semanas passearam no mirante das nuvens. Entretanto, todo dia, Mel se demorava mais nessa mulher.

Enfim, Mel tomou coragem e foi conversar com o Grande Adonai:

- Quero ser filha dela...e assim que consiga falar, vou dizer a ela: quero cantar!

Floquinho ficou arrasado com o pedido de Mel ao Grande Adonai, porque tal pedido significava que Mel o abandonaria, e começou a chorar, sentiria muita saudade.

Em todo o processo de preparação para o novo caminho, Mel via as lágrimas de saudade nos olhos de Floquinho. Prometeu-lhe, então, que iria o esperar lá embaixo e iria o proteger e amar para sempre.

Mel nasceu na Terra, e adivinhem? Este foi o nome que sua mãe escolheu para ela!

Sua mãe, desde o primeiro dia de "vida" de Mel, percebeu que ela vinha com conhecimento. Assim como, percebera que este conhecimento estava muito fresco em sua memória. E como se não bastasse, Mel tinha uma ligação direta de conversa com Adonai, a ponto de responder a sua mãe as perguntas que essa fazia secretamente ao Criador. Mel transmitia a resposta e depois esquecia o que tinha falado!

Várias situações semelhantes aconteceram, até mesmo a previsão, do dia que nasceria seu grande amigo e futuro irmão Floquinho! Esse foi um belo dia para Mel, ela avistou Floquinho e seus olhos brilharam de alegria!

- Tchutchuquinho! Ela resumiu, naquele misterioso dialeto, que queria dizer: esperado!

A partir daquele dia parecia não faltar mais nada para Mel, quando chegava em casa era a primeira pessoa que procurava, sempre, o Floquinho! E ele o continuava admirando, como no céu, tudo que ela fazia ele imitava, ria de suas palhaçadas, brincava de papagaio, repetindo suas falas e gestos, era grande a amizade entre eles.

Mel começava a achar que Floquinho era mais inteligente que ela, isso porque ela estava perdendo a sabedoria e a conexão com o céu, quanto mais tempo passava na terra.

Já Floquinho, que era mais novo, ainda possuía a mesma conexão que ela tinha na idade dele, e dizia coisas provindas do coração e lhe saiam flores e coraçõezinhos da boca.

Um fofo!

Mel começou a ficar brava e a fazer coisas opostas a Floquinho para chamar a atenção, disputando com ele. Floquinho começou a ficar triste, muito triste, até que ficou doente!

Floquinho não entendia por que Mel não gostava mais dele, afinal ele estava ali por ela! Começou a pedir ao Adonai que lembrasse a Mel sobre sua vida no céu, de como era alegre, feliz e bondosa!

Então, Adonai deu sonhos a Mel, mostrando a ela toda a verdade para que pudesse ajudá-la a encontrar seu verdadeiro eu!

Mas Mel resistia porque seu coração estava endurecido, até que Floquinho piorou e não queria mais se alimentar!

Foi quando Mel percebeu que não tinha mais para quem fazer birra e chamar atenção, começou a cuidar de Floquinho, rezar por ele e escrever histórias para lhe contar quando chegava da escola.

Mel, portanto, reaprendera a conversar com Adonai. Ela deu espaço para que Ele cuidasse do jardim do seu coração, tirando todo o engano que a fazia sentir-se não amada e a tornou, novamente, livre para amar!

Desse dia em diante, foi tanto amor que brotou do coração de Mel que ela passou a escrever muito mais e a cantar aos quatro ventos da terra o que escrevia!

Floquinho ficou curado e passou a admirar e amar, mais ainda sua irmã, além de testemunhar que o amor de Adonai quebra todas as correntes do mal!

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