OLHOS


Traduzem a alma
Calam o que falta
São sedutores e seduzidos
Refletem o poder dos vivos

Enxergam o abismo
E por vezes negam tal sentido

Veem e fingem que não
São frágeis e transparentes
Também endurecem e trancam o que sentem

Choram a dor d'alma
A febre inexata
O atropelo dos sentidos