CEGUEIRA

 Teus olhos brutais não me sondam 

Teus planos cruéis não me alcançam

Tuas mentiras nada sabem de mim 

Nisso reside sua obsessão 

 

Egos inflamados querem ser história 

mas de tão vazios e imundos 

não sabem sobre o que falar

 

E cumprem o papel Iscariotes

questionar o místico

interpelar o santo  

até que todo despeito emerge

 

E arde as veias

e seca a voz

e implora perdão

como quem pede ar

 

No vislumbre do seu tropeço

Esse ser entende que viveu em vão

perseguindo, maldizendo e destruindo

e por último implora...

 

-Deixa eu escrever sobre ti?

seu tempo se foi!

-Deixa eu te louvar pela eternidade?

antes aprende o que é louvar!

 

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