SORRISO

Tudo começou com um sorriso
Doce e belo como o luar
Sem formar juízo
Quis observar

Quando não queria ir a nenhum lugar
Do seu lado comecei a caminhar
Despudorado menino
Revela seus erros

Busca remissão?
Ou desabafo?
Inverte a ordem
Depois da intimidade esse papo

Freio bruscamente
Magoo seu bicho interior
E meus medos?
Que são tantos

Sinto saudade do seu jeito
Curiosidade 
Volto atrás
Recrimino meu ser covarde

Todo começo tem a delicada ingenuidade
Do não questionar
Seus passos pareciam precisos
Da defesa observância me permito amar

E sobrevém o mergulho
Naquilo que me cansa em cada relacionar
Os traumas, as lamas, o trapacear
E em seco engulo
O que poderia ser o soluço

É um anti-herói
Mais um que busca salvação
E o livre-alvedrio?
Quanta encenação!

Só me cabe gritar
Pois a raiva tão esperta
Quer se revitalizar
Longe de lágrimas que arrastam a um definhar

Nem sempre o corpo fala
Muitas vezes cala
Histórias que não se presumem
Pois apenas se exterioriza o lúmem

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