OLHAR, ÂMBAR

 Calei...

Lembrando teus olhos

Que chamei lindos

De como os fechou 

Em gozo

Quando deles suguei toda a malícia


E com meus dedos

Ao deslizar em torno destas duas luas

Coloridas e tão habitadas

Eu

Um ininterrupto disparo de presenças 

Penetrava 

No controle do teu silêncio 

E admiração


Na calma 

Da tua contida tara

Sua imensidão eu enxergava uma apenas

A síntese do nada

O momento várias memórias já precederam


E assim ainda 

O vazio que é tão fundo

E lá que te levei a mergulhar 

Voltaste alegre, saciado, criança 

E senti vitória

Pois te contagiei minha loucura 

E provaste o prazer te invadir

Sem entender

Pois não lhe veio por sentido algum

Nenhum comentário:

Postar um comentário