Por que me visita em sonhos
ofertando afeto
sorrindo bobo
cheio de encantos
Que faz um poeta sem a musa?
Pena, esta não é cativa
rebela-se a não pousar como deve
atreve-se a silenciar em despedida
Musa apaixonadamente tola
Ainda que finja ausência
visita-me os sonhos
medo de ser esquecida
Talvez essa relação baste
ao poeta e à musa
a distância de um amor perfeito
sem prazo, sem estrago
mundo inimaginável em sonho
que às lembranças quer se equiparar
Em um potencial voo
que é a vontade de voar
Desejo reprimido em análise
boa conserva em tese
de um agridoce sabor
que um dia entornou
Nenhum comentário:
Postar um comentário