INDEPENDÊNCIA

Maior segunda
Cara de domingo
Não reconheço
21:23 desisto e escrevo

Preencho o vazio
impreenchível
Mergulho
E encontro

Vem a completude
Em mim fagulha
De algo infinito
Paz

Pois até pouco
fingi sem querer
Solidão do que não existe
Fora de mim

O pulsar das horas
Empurra para a lógica
Incongruente agir
Não me ajusto

A rotina salva
e me adoece
aguilhões quebro
E me salvo

Independente
No 7 da Independência
Curioso neste dia
Sentir limitação

Vontade de uma conversa
sem lógica
sem anseios
E aqui minha companhia

Poeta amigo
Que qualquer língua
Ouve e entende
Sopra e beija

Conforta a alma
Livre me faz
Por ciúme
Invisível

Ouve meu choro
E me diz ao ouvido
O som inconfundível
Não sou mais sã

Percebo
sempre lhe escrevi
Desde a primeira
Nesta conexão vertical

Porque me faz tua
E me afaga tão leve o rosto
Zela meu sono
E revela o que sei

Te amo
Nesse sentir imenso
que não controlo em mim
E derramo um pouco por aí

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