Perdi a conta, vaidosos leitores
De quantas obras já li
De quantas viagens fiz
E de quantas vidas vivi
Da infância, que muito se tem a contar
Senti-me várias personagens que do papel
Fundiam-se em minhas fantasias
Na adolescência ganhei o mundo
Na biblioteca de papai
Quando me tornei adulta
Já viciada na leitura, transitava entre o mundo real
E o fascinante mundo da literatura
Refugiava-me no segundo quando entediada
E as literaturas na busca do espiritual?
Nossa...
Subi as Cordilheiras do Himalaia
Adentrei com os fervorosos às tribos canibais
Acostumei-me a viajar no que acreditava
Com o dever de sorver e findar tudo que começava
Querendo muito viver
Busquei viagens substanciais e necessárias
Essas escolhas me enriqueceram
Filosofia, Sociologia
Ética, Lógica, Teologia
Carrego comigo um chorume e não nomes
Se já li muitos poetas
Muitos, tudo de que ouvi falar no percurso
Não me pergunte página ou nomes
Tenho pressa em sorver tudo
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