E conseguem ver além do que mostramos
Estas têm a paciência de esperar
Que se revele o melhor em nós
A sabedoria dos seres raros é tal
que aturam nossas camuflagens emocionais
esperando pacientemente que a farsa acabe
Constrangem pela perseverança intencional
Quando finalmente baixamos as defesas
Nos dão o mais belo sorriso
com sua maturidade emocional
Sem vestígios de surpresa
Parecem seres com energia infindável
Contagiam por onde passam
E realmente são felizes
Contudo, acumulam nossas dores
Reacendeu minha disposição ao semelhante
Nesta forma generosa de se dar
Consigo concomitante a sua dor
Nela me expressar
Falo aqui de um ser
sem a pretensão de perfídia
é minha amiga
e resolvo retribuir-lhe o amor em biografia
Não quero o arquitetônico processo da metamorfose
Sem estampar a beleza das asas da borboleta
Pois o tema aqui se propõe leve
Percebendo-se em tudo a alegria de vida
O perecimento é certo para todxs
Sobremaneira, tamanha arte existe
em expirar cada sopro
E viver de momentos ricos
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